Alemanha acusa grupo Fiat Chrysler de forjar emissões

O Governo alemão enviou uma carta à Comissão Europeia a denunciar o grupo Fiat Chrysler Automobiles (FCA) de ter utilizado um dispositivo ilegal para forjar as emissões de motores diesel.

Na carta enviada à Comissão Europeia e ao Ministério dos Transportes italiano, o governo germânico afirma ter descoberto um aumento pouco habitual nas emissões de quatro modelos do grupo Fiat Chrysler. Pode ler-se ainda que as provas encontradas confirmam "o uso de um dispositivo ilegal que desliga o sistema de tratamento dos gases do escape".

Um porta-voz do grupo FCA já veio desmentir esta acusação, garantindo que os automóveis respeitam as regras das emissões e não contém qualquer dispositivo de desactivação.

A Comissão Europeia, por sua vez, afirmou que é da responsabilidade do Ministério italiano reparar estas irregularidades. "É antes de tudo um diálogo entre os dois Estados-Membros, com a obrigação de manter a Comissão Europeia informada e de manter a possibilidade da Comissão intervir e de apresentar uma solução, caso não se chegue a nenhum acordo", afirmou a Comissão Europeia em comunicado.

Os testes alemães descobriram um "catalisador especial de dióxido de nitrogénio que está a ser desligado após alguns ciclos de limpeza", segundo escreve a revista alemã "WirtschaftsWoche" . A mesma publicação acrescenta ainda que o motor em questão é o novo 2.0 litros diesel, da Fiat, e que entre os veículos envolvidos se incluem o Fiat 500X e o Jeep Renegade, sendo que ambos partilham a mesma plataforma, e o Fiat Doblo.

Recorde-se que esta não é a primeira vez que o grupo FCA entra em conflito com a Alemanha. Em Maio deste ano, Alexander Dobrindt, Ministro dos transportes germânicos, criticou o grupo FCA por não ser cooperativo, depois de nenhum representante do grupo ter marcado presença numa reunião que tinha como objectivo debater as irregularidades nas emissões dos motores a diesel.

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